Cirurgia do Joelho - Ortopedia e Traumatologia - Traumatologia Esportiva

Lesões Esportivas na Coluna

Cerca de 10 a 15% das lesões esportivas ocorrem na coluna. Destas, cerca de 0,6 a 1% apresentam déficit neurológico. A coluna cervical e a lombar são as mais acometidas em atividades esportivas. Algumas lesões que ocorrem na prática esportiva são:

DISTENSÃO CERVICAL:

Compreende no estiramento ou na ruptura dos tecidos moles de sustentação da coluna (tendão, ligamento, músculos). A hiperflexão ou a hiperextensão da região cervical são as causas da distensão. Esportes de aceleração e desaceleração rápidas são mais predispostos para a distensão, como em ski, kart, hapel, raffting, hipismo, ginástica olímpica, body jump, ciclismo, skate e motocross.
Na dependência do grau da lesão pode haver torcicolo leve ou até paralisia de membros superiores. Outros sintomas incluem: vertigem, cefaleia, náusea, visão dupla, formigamento e dor. O tratamento pode ser com imobilização, analgésico, relaxante muscular, repouso e tração com fisioterapeuta.

DISTENSÃO LOMBAR:

Ocorrem lesões musculares, ligamentares ou de tendões. Decorrem de mal condicionamento e falta de alongamento, principalmente quando o esforço é intenso.

HÉRNIA DE DISCO:

Os discos cervicais situam-se entre as vértebras amortecendo o impacto. Uma compressão da cabeça para baixo, com hiperflexão, ,pode levar o disco a abaular e comprimir a raiz nervosa. Os sintomas são: formigamento, perda de força no braço e impressão de “fisgadas”. Geralmente, o tratamento é não cirúrgico, com imobilização, analgésico, anti-inflamatórios e relaxantes musculares. O calor com compressa local e a prática de fisioterapia também ajudam para resolução dos sintomas. Em caso de persistência de sintomas neurológicos de compressão nervosa, é necessária a intervenção cirúrgica.
Na coluna lombar, as hérnias ocorrem por esforço excessivo de rotação, flexão e carga, como em arremesso de peso/disco, boliche, handball e halterofilistas. Geralmente ocorrem na 4a, 5a,vértebras lombares ou primeira sacral.

FRATURAS:

Fraturas cervicais correm em esportes de alta velocidade e energia. Podem ser graves, deixando o paciente tetraplégico. O tratamento é feito com redução da fratura e descompressão nervosa, por meio do uso de colete ou realização de cirurgia.

O impacto repetitivo axial pode fraturar a coluna lombar, como na prática de basquete, vôlei e paraquedismo. As fraturas em coluna lombar estão associadas a quedas, principalmente em atletas mais velhos, com osteoporose ou alterações degenerativas. Nessas coo-morbidades, há menor resistência das vértebras.

INSTABILIDADE DA COLUNA CERVICAL:

Consiste na instabilidade gerada pela distância maior que 3,5mm ao raio-x entre a última vértebra cervical e a primeira torácica.

TETRAPARESIA TRANSITÓRIA:

Ocorre por algum impacto na cabeça durante uma atividade esportiva. Geralmente essa paralisia de todos os membros dura segundos, com regressão espontânea. Ocorre pelo estreitamento (estenose) do canal cervical junto a atividades de grande impacto na cabeça, como hóquei, rúgbi, basquete e boxe. Pacientes com esse sintoma de tetraparalisia transitória devem se afastar de práticas esportivas de contato.

ESPONDILOLISTESE ÍSTMICA

Os microtraumas podem ser decorrentes de exercícios de hiperextensão lombar (hiperlordose) podem provocar deslizamento de uma vértebra sobre a outra. Ela ocorre mais em crianças e adolescentes. Geralmente ocorrem em pacientes que realizam atividades de maior estresse estresse lombar, como ginastas, jogadores de futebol e dançarinos.

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