Futuro: Tratamentos em Desenvolvimento
As células-tronco são células com maior capacidade de se dividir (autoduplicar) e se diferenciar em células de vários tecidos. Elas estão em um estágio em que ainda não estão totalmente especializadas. Devido a tal propriedade, as células-tronco trouxeram inúmeras expectativas no tratamento de doenças degenerativas ou traumáticas. Contudo, sua aplicação clínica ainda é limitada nos dias atuais e exige muita pesquisa. Há um excesso de propagandas pela grande possibilidade de aplicação dessas células, como por exemplo, na terapia celular, isto é, a troca de células doentes por células novas saudáveis.
As células-tronco podem ser de 3 tipos: embrionária, adulta (fígado, medula óssea, sangue, cordão umbilical, placenta, etc) e induzidas laboratorialmente. As células-tronco embrionárias possuem a capacidade de se transformarem em qualquer tipo de célula adulta (são pluripotentes). Esse tipo celular só é encontrado no embrião de 4 a 5 dias. O segundo tipo celular, as células-tronco adultas, estão presentes na medula óssea e no sangue do cordão umbilical. Cada órgão do corpo possui também um pouco de células tronco adultas para renovar seu tecido ao longo da vida. Elas são menos versáteis que as células-tronco embrionárias, por isso são denominadas multipotentes. As células-tronco induzidas são produzidas laboratorialmente a partir de células diferenciadas, por meio da reprogramação de seus DNA, isto é, tais células diferenciadas voltam ao estágio de célula tronco embrionária (células-tronco de pluripotência induzida). Para ocorrer tal reprogramação genética no laboratório é necessário o uso de vírus. Existe a limitação da célula-tronco se diferenciar corretamente e se integrar ao tecido onde foi inserida. Além desta limitação, existe a questão bioética, em que células-tronco embrionárias precisam da autorização dos pais dos embriões não utilizados em inseminações artificias antes de serem usadas em terapia celular (Lei de Biossegurança).
INJEÇÃO DE CÉLULA TRONCO EM ARTROSE DO JOELHO:
Do ponto de vista técnico é possível a realização de injeções no joelho de células-tronco obtidas a partir de aspirado da medula óssea (punção do osso). A coleta pode ser obtida a partir da aspiração do osso do quadril (crista ilíaca), ou da tíbia e fêmur. No momento, os dados científicos sobre as injeções destas células no joelho ainda são controversos. Há estudos demonstrando melhora dos pacientes, como há estudos que demonsram não haver benefícios. Deve-se discutir a cada caso a indicação. No momento, consideramos ser restrita e específica.