INSTABILIDADE DA PATELA
Trata-se da situação em que a patela (osso da frente do joelho) desloca-se fora do seu trilho habitual podendo “sair” (luxar) com pequenos esforços ou espontaneamente.
A instabilidade de patela apresenta como principais sintomas:
1.-dor na região anterior do joelho
2.-sensação de instabilidade na região anterior (patela) do joelho
3.-episódios de luxação de patela
Esse quadro ocorre com mais frequencia em mulheres com joelho valgo (em “X”) por apresentarem maior predisposição a instabilidade patelar.
O tratamento desse quadro não depende de cirurgia na maior parte dos casos. A medida mais importante do tratamento baseia-se no fortalecimento da musculatura da coxa (músculo quadríceps; vasto medial).
Nos casos em que o tratamento não cirúrgico não é suficiente, pode-se necessitar de cirurgia.
A cirurgia baseia-se em criar um reforço na porção medial (interna) da patela para evitar que esse osso se desloque. Pode ser necessário também alinhar o tendão patelar com o restante da musculatura da coxa, denominado de realinhamento distal.
LUXAÇÃO DA PATELA
A luxação da patela pode ocorrer em decorrência de um trauma intenso (no esporte, por exemplo) ou de forma praticamente espontânea (ao se levantar de uma cadeira).
Geralmente ocorre redução espontânea da patela, ou seja, ela volta “sozinha” para o seu lugar.
Em alguns casos é preciso colocar novamente a patela no lugar, sendo que estender o joelho é a maneira mais fácil de fazê-lo.
Após uma luxação de patela a pessoa precisa ficar imobilizada para evitar com que a patela saia novamente. Na sequência deve procurar atendimento médico para que se decida o tratamento a ser realizado.
Basicamente a luxação de patela pode ser tratada com ou sem cirurgia.
O tratamento sem cirurgia geralmente se adequa às pessoas em que a patela não sofreu grande trauma para sair do lugar e esse tipo de episódio é raro (não nos casos em que a patela se luxa repetidamente).
Nas pessoas que tiveram luxação de patela em um trauma de maior energia, geralmente o tratamento com cirurgia é o mais adequado por minimizar a chance da patela luxar novamente e permitir um retorno mais seguro a prática esportiva. De toda forma, o tratamento deve ser decidido caso a caso, pois existem situações em que mesmo sendo uma luxação de patela após um trauma maior, o paciente se beneficia mais de um tratamento não operatório.
No tratamento não cirúrgico, o paciente necessita utilizar um imobilizador de joelho e após um determinado período necessitará de fisioterapia.
Na fisioterapia terá como enfoque o fortalecimento da musculatura da coxa, com destaque para o quadríceps (vasto medial).